CRÍTICA: Resident Evil: The Final Chapter (Sem Spoilers)

5 anos se passaram desde Resident Evil: Retribuição, o quinto filme da franquia baseada nos jogos de videogame da Capcom trazendo tanto críticas boas quanto ruins. Resident Evil: The Final Chapter, como o próprio nome diz, último filme da franquia, chegou aos cinemas do Brasil ontem prometendo trazer muita ação e emoção pelos trailers e cenas mostrando Alice Abernathy lutando contra mortos-vivos e a Umbrella ao som de Guns N' Roses. O problema foi que: A promessa não foi totalmente cumprida.



Resident Evil: The Final Chapter traz um desfecho para a história de Alice contra a Corporação Umbrella acompanhado de muitas cenas de ação e muitos sustos. Alguns sustos são desnecessários e algumas cenas de ação exageradas, mas vamos dar um desconto, Resident Evil até nos jogos é exagerado, os filmes sempre foram, então não dava pra esperar que o último título não teria o exagero. Mas mesmo com o exagero e que é até mesmo explicado no final do filme, as cenas de ação são muito bem feitas, apesar de algumas se passarem numa escuridão terrível e que atrapalha a visão dos fãs, são cenas ótimas e bem estilo Alice mesmo.



Vamos falar logo sobre os pontos negativos. Os piores pontos do filme é o roteiro e enredo apressados e a mal utilização dos personagens. Parece que o diretor quis contar tudo muito depressa, como se quisesse acabar logo de uma vez por todas com a franquia, a história não é bem desenvolvida como nos outros filmes, não há nem tempo de respirar um pouco e pensar no objetivo dos personagens, no problema que estão enfrentado, etc.


Já sobre os personagens, ao vermos fotos de Ali Larter e William Levy (respectivamente Claire Redfield e Chrstian) pensamos que o filme teria uma boa participação da velha amiga de Alice que afinal está com o figurino de Claire no game Resident Evil: Revelations 2. Os filmes de Resident Evil SEMPRE focaram mais na Alice do que em qualquer outra coisa, porém nos outros filmes conseguíamos notar uma participação melhor de Jill ou Claire por exemplo, elas chegaram a ter cenas de ação exclusivas. Já nesse filme, sentimos falta da participação de Claire e até dos outros personagens novos, é como se o diretor tivesse pegado pessoas comuns, dado um nome e simplesmente jogou no filme sem desenvolver suas personalidades. Fora que no set e nas informações sobre o filme, William Levy, o ator cubano que deixou de fazer novelas para gravar o filme, teria uma boa participação e ainda mais, seu personagem poderia ser uma releitura de Chris Redfield nos games, mas infelizmente, não vemos a participação forte dele. Esse filme foca mais na Alice do que em qualquer outra coisa.


Agora os pontos positivos! Referências aos games, isso ficou sensacional, não só a placa de Raccoon City, o Bloodshot (presente em Resident Evil 6), armas biológicas de Resident Evil 5, temos muitas referências aos jogos! Alguns golpes de certos personagens lembram golpes presentes em Resident Evil 6, Alice no corredor de lasers usa alguns movimentos parecidos com os de Leon S. Kennedy em Resident Evil 4, e a própria história da Umbrella nota-se que há uma inspiração na história de Resident Evil 0. Esse filme conseguiu não mudar muito a imagem dos jogos como em outros filmes, o que é considerado bom.


As cenas de ação são outro ponto positivo, por mais que tenham erros e movimentos que vão contra ás leis da Física, são cenas de ação bem legais. A trilha sonora não chega a ser a melhor da franquia, mas consegue deixar os momentos do filme mais emocionantes. Outra coisa bem legal foi o próprio desfecho (falo do desfecho da história, não o final porque eu já aviso que o final não é muito bom não), a ideia de como fechar a história consegue responder várias perguntas que tínhamos sobre Alice e até mesmo da própria Umbrella.


Portanto, Resident Evil: The Final Chapter não cumpre alguns de seus objetivos e passa a ideia de que o filme foi escrito de qualquer jeito porque o roteiro apressado está fraco, mas não deixa de ser uma história até interessante e que dá respostas a muitas perguntas, uma história acompanhada com muitos momentos de ação e de sustos. Se você é fã dos jogos, não assista para evitar problemas e nem fique enchendo o saco nos comentários dizendo que a franquia de filmes foi horrível porque deve ser respeitada pelo sucesso que fez, mas se você é fã dos filmes e dos jogos, assista e capte as referências, só não vá com muita expectativa. Nota final: 7,5.